A Guidendin gerada para escolher o líder do reino da  grande aldeia Apachi, possui imensas asas, pernas e garras de ave e luta fazendo uso de duas pesadas e indestrutíveis  clavas mágicas. Esta se revelou em sua forma de guardiã para uma jovem que esperava trazer chuvas para o seu reino, rezando para gerar assim uma erva local que seria utilizada para a cura de seu avô doente. Shaira é uma Guidendin firme, não mede esforços e sempre conquista tudo no poder. Com uma personalidade forte e ríspida, quando irritada, acaba deixando-se levar por suas emoções e provoca mal tempo, tempestade e as vezes até trovoadas, sem medir as consequências de seu descontrole. Tem um espirito livre, pode assumir a forma de algumas especies de pássaros e seu canto sônico pode ser ouvido a milhas e milhas. Ela também pode enviar uma mensagem em particular pelos ventos até alguém que deseja. Suas clavas foram dadas pelos caciques da aldeia principal do reino de Apachi, são armamentos mágicos que ajudam a guidendin a conter seus poderes. A máscara que ela  usa está cobrindo seu rosto desde o momento da revelação de sua real forma de guardiã, nunca foi removida, nem mesmo em fortes ventanias, muitas provocadas por ela mesma. Nunca olharam-se os olhos dela, mas sabe-se que sua visão é apuradíssima. Assim, tal Guidendin sobrevoa seu reino protegendo todos com seus poderosos olhos, penas navalhas e suas clavas ancestrais. Os moradores de Apachi a chamam de Guidendin do espirito da liberdade, pois sempre usa os céus para se libertar de seus receios.

"- Lá estávamos nós, perambulando já ha alguns dias, em meio aos rochedos e penhascos das terras áridas. Nosso destino era chegar na Aldeia em dez dias, mas já faziam-se quinze que havíamos deixado El solaria. Bem, mas essa é a vida de mercadores peregrinos. O sol estava bem no alto, não havia nuvens no céu e bom... Quanto ao calor? Ora, só não era mais quente que Zahara, imagino. Estávamos sem água a algumas longas horas, nossas vistas já estavam falhando e mal podíamos andar mais, encontrávamos no limite da sobrevivência quando chacais começaram a nos rondar. Era para ser nosso fim naquele dia, de fato, porém escutamos aquele assobio de doer os ouvidos. Foi quando uma sombra nos chamou atenção, passando ligeiramente sobre nós. Olhamos para o alto e avistamos a silhueta do que parecia ser alguma especie de pássaro com grandes asas. Então, subitamente, penas afiadas como facas são atiradas ao chão, próximas aos nossos pés, afugentando assim os chacais famintos. Quando nos demos conta, o céu havia mudado, estava escuro e nublado e uma brisa refrescante soprou do nada e uma leve chuva caiu.  Foi o suficiente para reabastecermos nossos estoques. Lembro de algo em mim dizer para seguirmos a águia que estava pousada ali perto. Não sei o que era, mas algo me dizia que nos mostraria o caminho. De fato, ela nos guiou, e nos acompanhou pelo trajeto todo, assim como um bom e fresco tempo, até que por fim chegamos a grande aldeia em meio aos penhascos.

" - É  a grandiosa Aldeia! Finalmente chegamos... É  Apachi!"​

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