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A Origem de Gaiarth
No começo dos tempos, quando tudo era a mais pura trevas e escuridão, uma força luminosa que vagara eternidades dentro de um grande globo radiante de ouro e fogo finalmente encontrara algo que cativara sua atenção. Seus raios quentes encontraram uma espécie de limite, algo que podiam tocar, mas não podiam atravessar, acharam assim um lugar.
A entidade saiu então da grandiosa esfera brilhante, descera lentamente até a superfície daquele território e com seu imenso poder e luz purificou, assim, o mais inóspitos dos lugares.
O local estava infectado, a terra era escura, corrompida, fria e sombria. Ao restaurar o solo, a poderosa força cósmica espantara criaturas horrorosas, movidas a instintos ruins e pura maldade, que haviam tomado tudo ali e mantinham tudo doente e infértil, essas que posteriormente seriam conhecidas por criaturas maleficentes ancestrais.
Caminhando pelas terras, agora visíveis, graças a presença dos raios luminosos, a força suprema acabou notando uma grande quantidade de um líquido viscoso e contaminado.
Aproximando-se então, examinou tais propriedades e com o toque de seu dedo indicador toda aquela imensa extensão de volume viscoso e hostil se purificara, ganhando cor, som e movimento. Todo o preto deu-se lugar a uma nova cor, o azul, ele com admiração pela nova cor colocou-a em toda extensão que alcançara, criando assim, em reflexo do mar, os céus de Gaiarth. Depois de eternidades de viagem pelo espaço, a poderosa presença precisava descansar, entretanto a terra era rígida e desconfortavelmente dura, por isso criou algo macio para que pudesse se deitar, nasceram de tal forma as nuvens, porém algo ainda o incomodava e impedia seu quisto repouso. Os raios de luzes emitidos pela esfera que havia trazido a grande força cósmica até tal lugar eram muito intensos, por isso criou-se algo para ameniza-los e logo uma outra esfera surgiu, porém menor, feita de prata, gelo e fogo branco, e assim, da sombra do grandioso globo dourado, nasceu o que futuramente seria nomeada por lua, deu-se origem ao que foi conhecido por dia e noite.
Finalmente em repouso, a radiante presença cósmica pode recuperar suas energias.
Durante seu sono, avistou imagens em sua cabeça como nunca havia antes, por isso imaginou, ao despertar, todo aquele vazio da terra preenchido com cores, sons e movimento.
Ao acordar e caminhar um pouco, encontrara uma pequena semente muito castigada pelos agentes maléficos que haviam estado na atmosfera onde essa havia se encontrado por tempo desconhecido. Tal semente, pela força de um milagre, não havia se desintegrado, ou se corrompido, apenas secado. A poderosa presença de luz pegou-a em suas mãos e plantou-a, fazendo instantaneamente a terra ficar fértil de novo. Dessa semeação brotou-se uma imensa e forte árvore, a conhecida em Gaiarth hoje como árvore-da-vida (da luz, geradora, sagrada, do equilíbrio, ou da origem);
Dessa árvore saíram longas raízes que foram espalhando-se por toda extensão territorial, delas surgiram novas árvores com novas raízes que logo trouxeram novas árvores, assim também como as demais plantas. E logo após a aparição do verde e dos vegetais, surgiram, saídos de dentro de seus caules, diversos animais, que se espalharam por todo a imensidão e evoluíram com o atravessar das eras, deu-se então assim a vida em Gaiarth.
Contudo, o senhor criador de todos os céus ainda sentia os agentes do mal a espreita, querendo retomar as terras, por isso, ao perceber a fraqueza contra a presença da luz, sentida por tais criaturas, decidiu criar um guardião para tal lugar, assim o grandioso globo de ouro e fogo se tornou permanentemente parte dali, representando sua eterna proteção. Ainda assim sentia que precisava de algo para que vigiasse e tomasse conta das demais criaturas que haviam surgido. Foi quando pegou um punhado de terra e moldou do solo macio e fértil, ao pé da árvore da vida, a primeira sacerdotisa, concedendo-a a seguinte missão, que essa cuidasse, dentre os animais, a árvore geradora, pois era a fonte do milagre da vida de todo aquele mundo que foi chamado por ele de Gaiarth.
No mesmo dia em que se plantou vida em Gaiarth, dizem que em algum outro lugar as bestas ancestrais da maleficência se fundiram e deram origem a um novo mal. Sentindo forte pressentimento, o senhor criador de todos os céus decidiu criar outra exemplar para fazer companhia a sacerdotisa e foi assim que, do trecho de terra mais consistente, donde a árvore da vida havia sido plantada, o primeiro homem surgira. Levantando-se perante a forte luz, este prometera total fidelidade à vontade divina.
Entretanto, apenas um homem não parecia ser o bastante ainda, pensando nisso, o senhor celeste criou um campo protetor ao redor da árvore sagrada e ao fazê-lo avistara uma criatura sair por dentro do seu largo e espesso caule, simultaneamente enquanto assistia o homem ficar-se de pé pela primeira vez. Ele pegara então tal animal e radiou sobre ele sua divindade e luz; como um sopro de ar fresco. Foi desta forma que surgiu uma nova espécie de criatura mágica, o primeiro dos Guidendins.
Tempo depois, quando o senhor de todos os céus descansava uma vez mais, és que as, recém criadas, forças da maleficência atentam o homem, que, por sua vez, ficara estonteado com o brilho do ouro oferecido à ele, quase vendendo assim o Guidendin às forças obscuras. Por sorte, no instante em que tudo acontecia, a sacerdotisa vendo aquilo até então de uma distância segura, aproximara-se e empurrara o homem indignada, impedindo-o de fazer o selamento do contrato. Irritadas, por não terem conseguido selar pacto com o homem, as forças obscuras os atacam impetuosamente. O homem, defendendo a criatura mágica, guidendin, e a sacerdotisa, acaba fatalmente ferido. Ele beirava a morte, porém o senhor dos céus despertara, e rajeou sobre seu frágil corpo uma forte luz, criando a primeira aura real, que sela seus ferimentos e o entrega forças para levantar-se novamente. "Seu corpo uma vez fora fraco, mas seu espirito é algo primoroso. Essa aura lhe tornara eterno, agora tao forte por fora quanto por dentro."
Dizem que ao presenciar tal cena a primeira das sacerdotisas recebeu os primeiros conhecimentos medicinais e espirituais. O Guidendin, por sua vez, ao fixar seu olhar sobre tal luz, que agora resplandecia secretamente dentro do homem, que se levantava ali próximo, recebeu uma indescritível vibração em sua energia vital. De repente, a criatura equina, reagindo a tal sensação, resplandece, causando um imenso clarão que invade todo o lugar. Nesse momento, somente o homem escutara uma voz em sua cabeça, fazendo uma espécie de juramento de fidelidade, proteção e devoção eterna. Quando a luz cessa, a criatura equina com crinas longas, escamas de dragão e chifre torto na testa revelava-se agora em sua verdadeira forma de criatura guardiã e guia, tornando-se assim um novo e forte ser, uma criatura hibrida de humano, um humanoide largato que se nomeou por Guidendin. Essa nova forma poderosa da criatura afugenta todas as forças obscuras e salva o homem da tentação das forcas da gananciosidade.
Após tal episodio, as forças do mal planejavam tomar Gaiarth a força e passaram anos criando um exército dentro da escuridão, és assim o surgimento dos exércitos das primeiras criaturas maleficentes ancestrais. Certo dia, previamente estipulado, esses atacaram, tentando destruir a árvore geradora. O senhor dos céus assistia o golpe, o Guindendin não estava dando conta de proteger o homem e a sacerdotisa, estes também estavam lutando, liderando os mais diversos animais, mas já se encontravam em seus limites; Ainda havia inúmeras criaturas trevosas saindo das sombras em partes escuras de toda Gaiarth, estavam atacando toda e qualquer forma de vida. Ao ver o campo de força gerado para guardar a árvore da luz prestes a se romper, o senhor de todos os céus ficara muito irritado, criando de sua ira os titãs elementais, que causaram furacões, terremotos, catástrofes naturais por toda Gaiarth para afugentar as forças do mal.
No local da árvore geradora causou uma grande luz cósmica, para matar as hordas malignas, também fez rachar o chão, fazendo ainda surgir inúmeros picos e montanhas, altíssimos, que derrubaram muitas das criaturas do mal ao precipício. Longe do solo, próximo aos céus agora, as criaturas maleficentes restantes estavam enfim enfraquecidas, foi quando o senhor celeste fizera surgir ao pé da árvore da vida um exército de homens e mulheres. Os homens lutariam, e para isso criara-se as primeiras armas, o senhor de todos os céus deu-lhes a força e a coragem para vencerem batalhas e protegerem os mais fracos. As mulheres ficariam cuidando dos feridos, assim foi entregue a elas a delicadeza, sabedoria, compaixão e o poder de dar vida. Ele as confiou o segredo do amor, para criarem novos e honrosos homens, assim como boas e caridosas sacerdotisas.
Passaram-se 1.000 anos desde o início da luta, até que no final, por fim o bem venceu o mal, expulsando todas as forças da maleficência de Gaiarth de volta para as sombras.
O senhor celeste as privou da luz solar, muitas outras foram lançadas pelos titãs ao espaço e algumas mais, fugindo, foram aprisionadas no subterrâneo, criando no local de sua prisão para as exilar, um gigantesco e forte portão de pedra. Foi definido então pela vontade suprema dos céus, que onde houvesse alguma parte de Gaiarth precisando da devida proteção, és que surgiria magicamente na árvore da luz um novo galho, que apontaria sua a devida localização, e no fim deste viria um fruto-feto, donde nasceria uma nova linhagem da criatura equina de chifre torto em sua testa e que quando essa encontrar-se com a aura de um enviado dos céus para reinar sobre a terra, assumiria então sua verdadeira forma de criatura guardião- guia (Guidendin) para proteger e aconselhar para todo o sempre aquele a quem se curvara, mas somente por enquanto tal ser humano ainda preservar sua aura real. Assim se deu a coroação do primeiro rei de Gaiarth; o primeiro dos homens, Adano.
A primeira sacerdotisa e o primeiro dos reis casaram-se ao fim da guerra, e logo tiveram seu primeiro filho. O senhor de todos os céus ordenou aos homens e mulheres, após o nascimento do menino, que esses se espalhassem pelas terras afim de conhecê-las, habita-las e protege-las, denunciando á ele a existência do mal onde quer que este se manifestasse.
Foi por esse intermédio que originou-se a diversidade de povos e culturas nos reinos.
As forças da maleficência foram reduzidas, muitas destruídas, algumas lançadas ao espaço e as poucas que sobreviveram acabaram trancadas, exilada ao subsolo, porém o verdadeiro mal encontrou um lugar para esconder-se, se instalar, e ainda se fez presente no dia a dia. Alojou-se em um lugar seguro, protegido das forças do bem, um lugar frágil, mas bom para proliferar-se, de fácil acesso e que ainda permitiria espalhar a maldade, alojou-se dentro do coração do homem e se espalhou pelos corações fracos. Desde então, todos travam internamente em seus corações suas próprias batalhas diárias contra as forças da maleficência até os dias atuais.






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